Retenção de conhecimento: como melhorar a absorção de conteúdos?

duas pessoas olhando para a tela de um computador em um ambiente corporativo

Em tempos nos quais a inovação tornou-se algo rotineiro e o mercado nunca demonstrou tamanha competitividade, a retenção de conhecimento é algo fundamental para que as empresas se mantenham relevantes.

Os gestores estão percebendo a importância de adotar meios de estimular o aprendizado constantemente no ambiente de trabalho e os benefícios que isso pode gerar para os negócios.

Esse ativo intelectual, porém, é estabelecido pelos colaboradores, que não só devem ser desenvolvidos, mas também precisam ter a oportunidade de aplicar esse conhecimento em suas atividades.

A gestão de aprendizagem não é uma tarefa fácil, mas novos métodos e tecnologias já estão transformando a realidade de muitas empresas. Confira!

Os desafios da retenção de conhecimento nas empresas

A estrutura educacional predominante nas escolas, universidades e organizações contemporâneas foi desenvolvida no fim do século XIX. De lá para cá, como logo se nota, pouquíssimo ou quase nada mudou na maior parte das instituições.

No ensino para adultos, especificamente, os desafios são muito particulares. Profissionais e empresas estão lidando com um mercado extremamente fluido que exige atualizações constantes. No entanto, encaixar aulas e dinâmicas na rotina de pessoas atarefadas não só é algo muito difícil, como muitas vezes ineficaz.

A fim de lidar com as demandas da atualidade, os gestores têm apostado em tecnologias e modelos de aprendizagem ativa. Diferentemente das antigas aulas expositivas, nas quais o colaborador participa de maneira passiva, o objetivo agora é estimular o engajamento, de modo que o profissional atue ativamente no seu desenvolvimento.

O potencial dos métodos de aprendizagem ativa

Uma das referências de aprendizagem ativa mais difundidas é a Pirâmide de William Glasser, que estabelece uma relação entre os meios utilizados e a proporção de conteúdo que permitem reter:

  • ler: 10%;
  • ouvir: 20%;
  • observar ou assistir: 30%;
  • escutar e observar: 50%;
  • discutir, perguntar e debater: 70%;
  • ensinar (explicar, resumir e estruturar o conhecimento): 95%.

Os números obtidos por Glasser carecem de embasamento empírico, mas são uma demonstração ilustrativa relevante para a definição de métodos e recursos de ensino.

Nas últimas décadas, novas descobertas têm trazido maior esclarecimento sobre como o cérebro retém conhecimento e firmado, cada vez mais, a importância da aprendizagem ativa. Nesse sentido, alguns fatores merecem atenção. Confira a seguir.

Emoção

As emoções são grandes catalisadores da retenção de conhecimento. As nossas memórias mais nítidas são geralmente aquelas marcadas por eventos ou circunstâncias com forte carga emocional. Sendo assim, quanto maior a emoção atrelada ao conteúdo, maior será a sua absorção.

Motivação

A motivação estimula o centro de prazer do cérebro que, entre várias outras funções, orienta a atenção das pessoas e sua disposição. Pessoas motivadas sentem-se mais recompensadas pelo aprendizado e tendem a se dedicar mais.

Ambiente

Fatores materiais, orgânicos e socioculturais também influenciam a retenção do conhecimento. Isso significa que a aprendizagem se desenvolve de uma forma diferente em cada pessoa, o que sugere abordagens de ensino personalizadas.

Canais de aquisição

Esse fator é o que mais se aproxima da teoria de Glasser. Quanto mais variados forem os canais e os modos de aquisição de conteúdo, maior a eficiência da retenção. Diferentes estímulos enriquecem as nossas memórias.

Novos recursos e métodos de aprendizagem corporativa

Na direção dos mais recentes estudos sobre aprendizagem, novos recursos e metodologias estão sendo adotados por empresas em todo o mundo. Por meio de sistemas de treinamento inteligentes, como o Genie, colaboradores podem tirar dúvidas, fazer descobertas e acessar conteúdos quando e onde desejarem.

Essa flexibilidade permite que o aprendizado se dê de forma contínua, muitas vezes enquanto o profissional executa suas funções, método conhecido como Just-in-Time. Além disso, os gestores de RH contam com mecanismos de gamificação para distribuir medalhas, promover rankings e gerar pontuações a fim de aumentar o engajamento dos profissionais.

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